Henrique Meirelles reafirma importância das diretrizes econômicas
Para secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, reforma tributária e unificação dos impostos devem ser prioridades
Henrique Meirelles, secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, em Almoço-Debate LIDE
A maneira como a reforma tributária e a unificação dos impostos pode gerar confiança e promover a atração de investimentos pautaram a sexta edição do Almoço-Debate LIDE – Grupo de Líderes Empresariais de 2019. Comandado pelo vice-chairman do LIDE, Claudio Lottenberg, o encontro ocorrido nesta segunda-feira, 14 de outubro, no Hotel Grand Hyatt, na capital paulista, teve como expositor Henrique Meirelles, secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo.
De acordo com Lottenberg, receber Meirelles neste momento é extremamente importante para apresentar o planejamento e as diretrizes econômicas da atual gestão do governo de São Paulo, além das principais realizações para a geração de confiança dos executivos, lideranças e demais presentes no Almoço-Debate LIDE.
“O Brasil segue o plano da atual agenda econômica. Um exemplo é a Medida Provisória (MP) da Liberdade Econômica, que foi traçada durante a minha gestão como ministro da Fazenda e segue um ritmo de recuperação mais lento se comparado com São Paulo, que está crescendo acima da média nacional, aproximadamente 2,6% só no primeiro semestre. Boa parte desse resultado se deve a 50% do planejamento estratégico e 50% da implantação desse grande projeto. Sem esse comprometimento, essa equação não funciona”, argumentou Meirelles.
Segundo o secretário, a geração de confiança do mercado externo com a atração de investimentos nos mais diversos setores, como infraestrutura, siderúrgico, automobilístico, privatizações e criação de polos industriais segmentados, são os grandes responsáveis por reafirmar a importância de São Paulo para o PIB nacional. “Temos um plano muito bem estruturado e estamos seguindo todas essas diretrizes. Queremos unificar o ICMS e ISS para simplificar o sistema tributário estadual e municipal, o que colocaria fim na eterna discussão do que é serviço ou o que é bem, principalmente com o avanço da tecnologia”, finalizou Henrique Meirelles.
Pesquisa – Durante o evento, empresários e lideranças responderam a 141ª edição do Índice LIDE-FGV de Clima Empresarial. O índice, calculado pelo LIDE, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), é resultante de três componentes com o mesmo peso: governo, negócios e empregos.
Em relação ao levantamento anterior, realizado em setembro, a preocupação com o atual cenário político continua em primeiro lugar (72%), leve aumento com relação ao mês anterior (71%), seguido da crise internacional (21%), câmbio (6%) e inflação (2%). Quanto ao otimismo na situação atual dos negócios, para 51% está melhor, se mantendo idêntico à pesquisa anterior; 39% acham que está igual, contra 42%; e 10% avaliam que a situação está pior, contra 7% no mês passado.
Questionados sobre qual área o Brasil precisa melhorar, a infraestrutura e educação ficaram bem próximas, com 35% e 36% respectivamente de acordo com os executivos, seguidas por política (20%), saúde (6%) e segurança (3%). Para 49% dos entrevistados, o cenário político é o principal fator que impede o crescimento da empresa, vindo a carga tributária logo atrás com 33%. Finalmente, para 67% o Brasil deverá ter um crescimento do PIB até 1% em 2019; para 12%, 2% de elevação; para 3%, 2% de evolução e para 16% não haverá incremento na economia.
Fernando Irribarra - CDN Comunicação Corporativa