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8º FÓRUM LIDE DA SAÚDE E BEM-ESTAR DESTACA TENDÊNCIAS, NOVOS TRATAMENTOS E OPORTUNIDADES

Autoridades, médicos e empresários debatem avanços da medicina e a força do segmento que movimenta 10% do PIB do país

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Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, durante o Fórum

Realizado pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, o 8º FÓRUM LIDE DA SAÚDE E BEM-ESTAR, que aconteceu na manhã de segunda-feira, dia 22 de julho, reuniu autoridades, médicos, especialistas e empresários no hotel Grand Hyatt, na capital paulista. José Henrique Germann, secretário de Saúde do Estado de Sao Paulo, destacou durante a abertura do evento que o financiamento do SUS responde atualmente por 16% do orçamento do Ministério da Saúde. "Mas essa participação deve aumentar para 21%", disse em referência ao recente anúncio da pasta comandada pelo ministro Luiz Henrique Mandetta.

 

Claudio Lottenberg, vice-chairman do LIDE, presidente do UnitedHealth Group e do LIDE Saúde, além de curador do fórum, reforçou a relevância do segmento. "O setor de saúde é responsável por 7 milhões de empregos e movimenta 10% do PIB do nosso país". Representando o ministro da Saúde, Mayra Isabel Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, relembrou a intenção do governo de lançar um programa para substituir o “Mais Médicos”. "Um novo modelo será anunciado em breve para conseguir levar profissionais aos rincões do país", afirmou. A abertura do encontro também contou com a participação de Celia Pompeia, vice-presidente executiva do Grupo Doria. "O Fórum da Saúde traz inovações da Medicina e novidades da genética, passando por gestão, longevidade e doenças raras”, disse.

 

No primeiro painel, com o tema “Criatividade em Saúde: busca por novos modelos - avanços da Medicina”, Mayana Zatz, bióloga molecular, geneticista e professora titular de Genética do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), fez uma análise de como a genética pode auxiliar tratamentos mais sustentáveis e efetivos e citou como exemplo a edição de genes. “É possível modificar genes e já existem ensaios nessa área, mas temos questões éticas envolvidas, ainda não estamos prontos, pois ao editarmos um embrião transmitiremos as novas características para as gerações seguintes”, explicou.

 

Na sequência, Raphael Brandão, chefe da Oncologia dos hospitais Samaritano e Paulistano, comentou como o tratamento do câncer tem se transformado. “O câncer era uma doença rara e hoje já não é mais. Antigamente, analisávamos se um tumor era maligno ou não pelo seu tamanho, agora existem testes que dizem se um tumor é agressivo ou não. Daqui a algum tempo o câncer, provavelmente, será tratado como uma doença crônica, com o paciente vivendo por muitos anos, como os hipertensos.”

Já Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein, falou sobre inteligência artificial (IA). “Somente no sistema norte-americano, o uso da IA poderia reduzir cerca de US$ 150 bilhões em custos até 2026”, afirmou. No mesmo painel, Fernando Morgadinho, neurologista e especialista em medicina do sono da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), fez um alerta: “Daqui a 20 anos, AVC e Alzheimer estarão no top five das principais causas de mortalidade. Alzheimer é um grande tendão de Aquiles e tem como fatores de risco hipertensão mal tratada, diabetes, alterações no sono, obesidade e sedentarismo”, disse.   

 

Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil, deu o tom do segundo painel, que tratou de “Estilo de vida: a fórmula da longevidade”. “As universidades de Medicina deveriam ter disciplina de geriatria mesmo para os estudantes que não irão se formar nessa especialidade. Em alguns anos, os idosos serão a maioria dos pacientes”, alertou. O cardiologista e pesquisador do hospital Albert Einstein, Marcelo Katz, trouxe alguns dados importantes para o debate: “metade das 3 bilhões de prescrições realizadas anualmente nos Estados Unidos não são seguidas de maneira correta”. E surpreendeu o público ao revelar que “estudos robustos mostram diversos benefícios de práticas meditativas para a saúde”. Os atores Bruna Lombardi, que mantém o portal “Rede Felicidade”, e Carlos Alberto Riccelli também foram debatedores nesse painel.

 

Para falar de “Gestão da Saúde”, tema do terceiro painel, Catia Porto, vice-presidente do UnitedHealth Group, compartilhou os resultados do levantamento “Sinais Vitais” realizado com os colaboradores da companhia para identificar o que os deixavam felizes. “Quando um funcionário está contente, ele adoece menos e produz mais”, concluiu. Cláudia Cohn, diretora-executiva do Alta Excelência Diagnóstica, que pertence à Dasa, falou sobre o programa “Desafio 90 dias”, que visa a melhoria da qualidade de vida dos colaboradores da companhia e engloba, por exemplo, parceria com uma academia. “Dos 20 mil colaboradores, seis mil estão engajados”, comentou. Por último, Miguel Velandia, vice-presidente da Medtronic, abordou o tema desperdício. “Toda a cadeia [da saúde] está se organizando. O desperdício acontece quando um tratamento é indicado a um paciente que não precisa dele”, afirmou. 

 

Antoine Daher, fundador e presidente da Casa Hunter, abriu o quarto painel, que teve “Doenças Raras” como tema. “Aproximadamente 13 milhões de pessoas possuem doenças raras no Brasil e, em cerca de 80% dos casos, a origem é genética”, lamentou. Juliana Sallum, geneticista e oftalmologista do Instituto de Genética Ocular, falou sobre diagnóstico e tratamento de doenças raras a partir da oftalmologia. “O olho é sede de muitos problemas genéticos”, resumiu. A advogada especializada em doenças raras Rosângela Moro foi a última palestrante do fórum. “Temos que combater a má judicialização”, refletiu. Rosângela também defendeu o aumento de centros de referência no Brasil para tratamentos. “Em Portugal, que pode ser comparado em tamanho com Pernambuco, existem 15 centros de referência para tratar doenças raras. No Brasil, são somente sete."

 

Durante o evento foi entregue o Prêmio LIDE Saúde e Bem-Estar 2019, um reconhecimento às personalidades de destaque da área, entre eles o diretor de Tecnologia e Inovação da Associação Paulista de Medicina (APM), Antonio Carlos Endrigo; o ex-ministro da Saúde (2007 e 2011) José Gomes Temporão, que atualmente é diretor executivo do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde; e a dermatologista e pesquisadora Shirlei Borelli. Também foram premiados Marcelo Franken, head de Cardiologia do Hospital Albert Einstein; Denise Santos, CEO da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo; Valter Furlan, head do Sistema de Excelência em Cardiologia do Americas Serviços Médicos e diretor do Hospital Samaritano Paulista; Nelson Teich, presidente do Grupo COI; Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia; Daniel Coudry, CEO da Amil; Sérgio Podgaec, vice-presidente do Hospital Albert Einstein; Manoel Antônio Peres, presidente da Bradesco Saúde e da Mediservice; Luiz Vicente Rizzo, diretor superintendente de Pesquisa da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein; e Deusdeth Gomes do Nascimento, presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação. O prêmio realizou ainda uma homenagem especial a Sidney Klajner, do Albert Einstein, pela sua trajetória e importante contribuição ao setor.

Cintia Esteves - Comunicação LIDE

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