Equillíbrio fiscal, responsabilidade socioeconômica, inteligência de dados, o novo consumidor e experiência do usuário pautaram os debates na manhã do 11º Fórum LIDE do Varejo, que ocorreu nesta quinta-feira (22), em São Paulo. Para o setor produtivo, o segmento vai manter a relevância na economia do país ao antever demandas do clientes. 

​

Presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, que também é presidente do Grupo Mulheres do Brasil, defendeu o equilíbrio fiscal para consolidar a forte retomada do setor. “Juros altos não gera renda, nem crédito, nem emprego e muito menos consumo. O consumidor precisa de crédito. O varejo é o maior empregador do Brasil e precisamos manter o protagonismo na economia”.

​

Para o presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), Jorge Gonçalves, é indispensável que o setor opere em paralelo ao segmento financeiro. “O varejo tende a melhorar a partir das perspectivas de crescimento de renda e equilíbrio de crédito. A gente tem essa expectativa de que o varejo cresça de uma maneira bastante sólida este ano. Acreditamos na retomada dos investimentos, numa competição isonômica”.

​

O presidente da ClearSale, Eduardo Monaco, lembrou que o varejo tem a manutenção de um dos principais ativos para o mercado: dados. “Muito se esquece que a principal fonte de informação de consumidores e clientes está no setor, que precisa estar o mais blindado possível para garantir a eficiência das operações. A experiência do varejo deve servir como case para todos os demais segmentos do mercado reaquecer a economia”.

​

Consumidor em foco

O CEO da Neogrid, Jean Klaumann, defendeu que o setor varejista não subestime o novo consumidor que se transformou na era digital, além daquele que pertecem às novas gerações. “Existe uma agenda tecnológica para enriquecer a experiência do cliente: o consumidor quer qualidade, mas também deseja responsabilidade. Ele entende o que é ESG e nós devemos ser rigorosos por toda a cadeia e jornada de consumo”.

​

O CEO do Grupo Panvel, Julio Mottin Neto, acredita que o mercado esteja buscando o equilíbrio entre o ecossistema de interação do varejo. “O grande erro do varejista é apostar no digital, sem se preocupar com a experiência do consumidor no ponto de venda. Há espaço para todo mundo, assim como é indispensável ter multicanais. No entanto, precisamos estar prontos para poder suprir a vontade do cliente”.

O fundador da Petlove, Marcio Waldman, disse que a tendência de consumo vai além do digital. “É certo que as pessoas gostam de consumir pela web, no online. É um caminho sem volta. Mas nós percebemos, por meio de dados, que era preciso ter um contato maior com o cliente e, por isso, decídimos ampliar nossa presença na rua, expandir operações, serviços e ofertar um portfólio para esse outro cliente, em específico”.

​

Setor produtivo

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Jorge Lima, afirmou, na  que o setor produtivo varejista deve liderar a transformação do setor. “Sou um defensor de que temos de avançar nas reformas. Temos de tirar a impressão de que o varejo é periférico e não podemos desqualificá-lo. É preciso que essa indústria se pulverize para ajudar alavancar grandes centros”.

​

O chairman do LIDE, Luiz Fernando Furlan, disse na ocasião que as lojas físicas complementam o papel do digital, que foi impulsionado rapidamente pelas restrições de mobilidade dos últimos anos. “O varejo se fortaleceu, mostrou residência e permaneceu ativo, não apenas mantendo os empregos, como auxiliando no consumo e atendendo e se adaptando às demandas do novo consumidor”.

​

Na 11ª edição, o Fórum LIDE do Varejo reúne empresários desse setor, em São Paulo, para debater o futuro do segmento.  Para o presidente do LIDE, João Doria Neto, o evento é um marco. “Este fórum é tradicional no LIDE e utilizado pelas empresas para se adequar às tendências ou até antecipá-las, justamente pela representatividade dos participantes na exposição e na plateia”.

​

Co-chairman do LIDE, João Doria, ex-governador de São Paulo, lembrou que o setor varejista impulsiona o desenvolvimento do Brasil. “É indiscutível a importância desse setor, justamente pela representatividade na economia no que diz respeito à formação de emprego e renda. O Fórum do Varejo tem a capacidade de ir além do debate, ao estimular o desenvolvimento do setor a partir da troca de experiências”.

 

Comunicação LIDE