O Instituto Inhotim é considerado o maior museu aberto do mundo
Localizado no município de Brumadinho a 60 Km de Belo Horizonte, reserve alguns dias para visitar o museu, vale conferir.
O Instituto Inhotim é a sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e considerado o maior museu a céu aberto do mundo. Está localizado em Brumadinho (Minas Gerais), uma cidade com 38 mil habitantes, a 60 quilômetros de Belo Horizonte.
O Instituto Inhotim localiza-se dentro do domínio da Mata Atlântica, com enclaves de cerrado nos topos das serras. Situado a uma altitude que varia entre 700 metros e 1.300 metros acima do nível do mar, sua área total é de 786,06 hectares, tendo como área de preservação 440,16 hectares, que compreendem os fragmentos de mata e incluem uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), com 145,37 hectares.
A instituição surgiu em 2004 para abrigar a coleção de Bernardo Paz, empresário da área de mineração e siderurgia, que foi casado com a artista plástica carioca Adriana Varejão, e há 20 anos começou a se desfazer de sua valiosa coleção de arte modernista, que incluía trabalhos de Portinari, Guignard e Di Cavalcanti, para formar o acervo de arte contemporânea que agora está no Inhotim. Em
2014, o museu a céu aberto foi eleito, pelo site TripAdvisor, um dos 25 museus do mundo mais bem avaliados pelos usuários.
Segundo os moradores de Brumadinho, o local foi uma fazenda pertencente a uma empresa mineradora que, no século XIX, atuava na região e cujo responsável era um inglês, de nome Timothy – o "Senhor Tim", que, na linguagem local, acabou virando "Nhô Tim" ou "Inhô Tim"
Na década de 1980, o empresário Bernardo de Mello Paz decidiu transformar sua propriedade de quase mil hectares em um museu a céu aberto. Em 2002, foi fundado o Instituto Inhotim, instituição sem fins lucrativos.
Em 2006, o local foi aberto ao público em dias regulares sem necessidade de agendamento prévio. O acervo abrigava obras da década de 1970 até a atualidade, em dezoito galerias (em 2011). São 450 obras de artistas brasileiros e estrangeiros, com destaque para trabalhos de Cildo Meireles, Tunga, Vik Muniz, Hélio Oiticica, Ernesto Neto, Matthew Barney, Doug Aitken, Chris Burden, Yayoi Kusama, Paul McCarthy, Zhang Huan,[2]Valeska Soares, Marcellvs e Rivane Neuenschwander.
As exposições são sempre renovadas e galerias são anualmente inauguradas Em 2010, o Instituto recebeu 42 000 alunos e 3 500 professores. No mesmo ano, o número de visitações atingiu a marca de 169 289.
A área de visitação do Inhotim tem 96,87 hectares e compreende jardins, galerias, edificações e fragmentos de mata, além de cinco lagos ornamentais, com aproximadamente 3,5 hectares de espelho d'água.
Em fevereiro de 2010, os pavilhões em cubo branco foram substituídas por instalações transparentes. A intenção é promover o diálogo com o entorno de montanhas e mata. Em artigo de Fabiano Cypriano para o jornal Folha de S. Paulo, cita-se que as mudanças criam mais raízes locais e o Inhotim "se torna um novo paradigma para a exibição da produção contemporânea".
O jardim botânico tem 4 300 espécies em cultivo - marca atingida em 2011 - e está cercado por mata nativa, com trinta por cento de todo o acervo em exposição para o público (cerca de 102 hectares em 2011).
Em reconhecimento à necessidade de preservar os 145 hectares de reserva, o instituto recebeu, do Ministério do Meio Ambiente, em fevereiro de 2011, a classificação oficial de jardim botânico, na categoria C. Nesse jardim, estão cerca de 1.500 espécies catalogadas de palmeira, a maior coleção do tipo do mundo. O parque abriga diversas plantas raras, tanto nativas quanto exóticas.
O Instituto é o único lugar da América Latina que possui um exemplar da flor-cadáver, uma espécie nativa da Ásia conhecida como sendo a maior flor do mundo. O espécime floresceu pela primeira vez em 15 de dezembro de 2010, e novamente em 27 de dezembro de 2012. A flor fica no Viveiro Educador, na Estufa Equatorial, ficou exposta ao público, e pôde ser visitada por interessados e curiosos.
Os jardins, que começaram a ser construídos já na década de 1980, contam com o projeto de Pedro Nehring, que ainda hoje responde pelo paisagismo do Inhotim. Entre os anos 2000 e 2004, Luiz Carlos Orsini assinou o projeto paisagístico de 25 hectares.
O crédito dos projetos paisagísticos foi objeto de ação judicial: o Instituto, até meados da década de 2010, utilizava visitas e sugestões de Roberto Burle Marx na década de 1980 para atribuir a ele, em seu site institucional, a autoria do paisagismo de todo o conjunto. Luiz Carlos Orsini obteve judicialmente o direito de receber o crédito pela parte que lhe cabe.
Fonte: Wikipédia