



ProWine São Paulo supera expectativas e confirma expansão para 2026
Com mais de 20 mil visitantes e 1.500 marcas de 36 países, maior feira de vinhos e destilados das Américas fecha edição histórica e anuncia nova estrutura para fortalecer negócios e experiências no próximo ano
Os sócios da ProWine São Paulo, maior feira de vinhos e destilados das Américas, Malu Sevieri e Christian Burgos, costumam dizer que a melhor edição é sempre a próxima. Mas enquanto outubro de 2026 não chega, é preciso destacar o sucesso da feira em 2025, realizada de 30 de setembro a 02 de outubro, no Expo Center Norte, na cidade de São Paulo. Mais de 20 mil visitantes brindaram e, sobretudo, realizaram negócios com as mais de 1.500 marcas de 36 países presentes na edição deste ano, registrando um crescimento de mais de 33% no público e 7% no número de produtores.
Durante três dias, o evento movimentou cerca de R$ 250 milhões em negócios diretos — valor que deve dobrar e alcançar R$ 500 milhões até o fim de 2025. O impacto é tão relevante que, em apenas três meses, a ProWine São Paulo pode responder por 5% de todo o faturamento anual do setor. Expositores nacionais e internacionais apresentaram novidades e rótulos que devem pautar as vendas e tendências do próximo ano, em um mercado de bebidas que deve encerrar o ano movimentando R$ 19 bilhões somente no segmento de vinhos.
“Estamos contribuindo para a cultura, a história
Confira as fotos da Pro Wine 2025
e, principalmente, para a realização de negócios do setor de vinhos e destilados no Brasil e no mundo. Nosso país é uma potência no mercado de bebidas. O consumidor brasileiro tem evoluído nas suas escolhas e compras”, fala Malu.
Esse cenário também é confirmado pelas análises de mercado. Depois de impulsionar o crescimento da indústria em volume, os vinhos de entrada estagnaram neste ano. Em contrapartida, os vinhos da categoria premium mantêm trajetória contínua de expansão no Brasil desde a pandemia.
Vale lembrar que, no ano passado, o mercado brasileiro registrou um recorde histórico de importações, tanto em volume quanto em valor. E, ao contrário das projeções conservadoras que apontavam para uma queda neste ano, o cenário é o oposto: tudo indica que haverá um novo crescimento. Isso é um resultado direto da disseminação da cultura do vinho no país e da profissionalização que a ProWine São Paulo também representa
De acordo com Burgos, há uma mudança nos hábitos de gastronomia e alimentação: as pessoas estão buscando uma vida mais saudável e leve. Esse movimento também reflete nas escolhas de vinho, com maior interesse por rótulos que conversem com esse estilo de vida, especialmente vinhos mais leves, como brancos e espumantes.
“Essa é a tendência do momento. Os vinhos brancos pela primeira vez alcançaram 24% de participação entre todos os vinhos consumidos no Brasil, e os espumantes vêm crescendo sem parar a muito tempo. A parte interessante é que eles deixaram de ser consumidos apenas nas grandes celebrações de final de ano e passaram a fazer parte das celebrações diárias na vida das pessoas”, revela Burgos.
A ProWine São Paulo aconteceu em um momento em que a contaminação de bebidas alcoólicas, especialmente no estado de São Paulo, tem sido amplamente discutida. A feira reforça a importância da segurança, mostrando que é possível oferecer bebidas produzidas e comercializadas de forma correta e confiável.
“Este é um tema muito duro e triste. Estamos vendo pessoas sofrerem danos gravíssimos à saúde e até perderem a vida devido ao consumo de bebidas oriundas, muitas vezes, do descaminho e da falsificação. Sempre abordamos o descaminho, tanto de vinhos quanto de destilados, como um problema econômico e fiscal, ligado à evasão tributária. Mas vai muito além disso: trata-se de um grave problema de saúde pública. Consumir uma bebida adulterada, sem procedência confirmada, é um risco real. Colocar em seu organismo algo que possa causar danos é profundamente preocupante. Por isso, sempre reforço que a procedência é essencial: comprar de fornecedores com rastreabilidade, empresas confiáveis que permitam que você leve produtos confiáveis para sua casa”, alerta o diretor.
Segundo ele, em um primeiro momento, muitas pessoas acreditavam estar economizando ao comprar de canais desconhecidos ou de baixa credibilidade. Agora, porém, percebem que o risco é muito maior: não se trata apenas de sonegação de impostos, mas de um comportamento antiético que coloca em perigo a própria saúde e a de familiares e amigos.
O evento também se consolidou como palco para celebrar a diversidade e o crescimento do vinho nacional. Este ano, foram mais de 200 marcas brasileiras expondo, vindas de 10 estados e do Distrito Federal — Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Essa representatividade mostra a pluralidade do setor, que ganha cada vez mais espaço e reconhecimento dentro e fora do país.
Parte dessas vinícolas esteve reunida em grupos que valorizam a identidade de cada região, como os Vinhos dos Altos Montes, Vinhos Gaúchos, Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), Vinhos de Altitude de Santa Catarina, o Instituto do Vinho do Vale do São Francisco (Vinhovasf), o Sindicato da Indústria do Vinho de Minas Gerais (SindVinho MG) e a Associação Nacional de Produtores de Vinhos de Inverno (Anprovin).
“A feira não é apenas um encontro de produtos, mas de mercados e projetos. Entre degustações e rodadas de negócio, percebe-se que nela o vinho e os destilados são também sinônimos de estratégia. Estamos diante de um espaço onde a experiência sensorial se une ao movimento econômico, e cada conversa pode ser o início de uma nova parceria. O mercado se encontra, se conecta e se fortalece. Deixamos de ser vitrine e nos tornamos arena onde se desenha o futuro do setor”, ressalta Malu.
Nesse mesmo intuito de conexões estratégicas, o Projeto Comprador, do Wines of Brazil — iniciativa do Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS) em parceria com a ApexBrasil — esteve na feira com cinco compradores internacionais vindos da China, Rússia, Angola, França e Eslováquia. Eles participaram de rodadas de negócios exclusivas com vinícolas brasileiras em um espaço dedicado, estruturado especialmente para promover encontros comerciais entre importadores convidados e empresas nacionais. Nesta edição, o projeto setorial reuniu 22 vinícolas de cinco estados (BA, SP, RS, MG e PE), um crescimento de 37,5% em relação a 2024.
Diante do sucesso desta edição, de 6 a 8 de outubro de 2026 a ProWine São Paulo dará um importante passo em sua expansão: deixará o Pavilhão Verde e ocupará os Pavilhões Branco e Azul do Expo Center Norte. A mudança permitirá ampliar a área do evento, receber mais expositores, oferecer uma experiência mais confortável aos visitantes e reforçar seu papel como a maior e mais completa feira profissional de vinhos e destilados das Américas.
Sobre a ProWine São Paulo
A ProWine São Paulo é um spin-off da ProWein de Düsseldorf, na Alemanha. Desde sua estreia, em 2019, tem proporcionado uma experiência única, reunindo os principais players da indústria durante três dias para geração de negócios, lançamentos, networking e compartilhamento de conhecimentos. O evento é uma realização conjunta da Emme Brasil, Inner Group e Messe Düsseldorf. Em 2026, acontecerá de 06 a 08 de outubro, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP).
Carol Orantes / Orantes.C Assessoria de Comunicação




































