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antropologia
Luiz Marins

Socorram-me dos que querem me salvar!

Será que é pedir muito às pessoas que me deixem pensar e decidir por mim?

Será que é pedir muito às pessoas que parem de me dizer o que devo e o que não devo fazer e até como devo fazer?

Será que é pedir muito às pessoas que parem de querer me tutelar, sem respeitar o que eu penso, o que eu quero?

Será que é pedir muito às pessoas que me respeitem; que respeitem minha individualidade; meu modo de ser e pensar?

Confesso que não estou mais suportando autoridades, políticos, amigos, vizinhos, analistas, especialistas, comentaristas e apresentadores de televisão me dizendo o tempo todo o que devo pensar, o que devo fazer, o que devo comer, o que devo vestir, o que devo decidir.

Todos dizem querer “salvar minha vida” e a única maneira de salvá-la é fazer o que eles acham certo, o que eles acreditam, o que eles querem que eu faça. Socorro!

Não faça isso! Não coma isso! Não acredite nisso! Acredite somente no que eu disser! É Fake News! Eu quero salvar sua vida! Não vá! Não saia! Fique! Cuidado! Você vai morrer! SOCORRO!

O dia todo e todos os dias há alguém dizendo o que eu devo pensar, o que devo fazer, como devo agir. Perdemos o direito de pensar e decidir por nós mesmos! Viramos todos incapazes absolutos de uma hora para outra. Precisamos ser tutelados pelos iluminados que tudo sabem e só eles sabem. Viramos um bando de idiotas sem cabeça e sem cérebro. SOCORRO!

Será que é pedir muito a essas pessoas que nos deixem em paz!

Será que é pedir muito que nos esqueçam e nos respeitem pois sabemos pensar e decidir o que queremos e achamos melhor para nós mesmos?

SOCORRO!

Pense nisso. Sucesso!

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